Eu amo fotografar, de verdade. Mas até a mim tem incomodado que a fotografia seja o único propósito de algumas pessoas e suas visitas a lugares. Eu fotografo (o local, não a mim) e então o aproveito.
Há uns dias caminhei até um deque à beira mar que há aqui perto de casa. O dia estava incrível, o mar de um azul turquesa raro, o céu sem uma única nuvem. O tipo de vista que enche os olhos e traz uma calma surreal. Fiquei ali olhando aquilo tudo, só sentindo. Uma moça chegou de bicicleta, parou, tirou exatamente 8 selfies e saiu. Juro que ela nem olhou para o mar.
Meu esposo e eu, nestas férias, visitamos cerca de 18 cidades argentinas - fazendo uma pesquisa sobre alguns dos 30 povos missioneiros. Filmamos, fotografamos porque queremos produzir um material legal. Mas nosso foco estava tão em registrar, sentir e aprender mais sobre o tema com os locais que tiramos exatamente 3 fotos de nós nesse tempo todo.
Parece que as pessoas vivem cada vez menos fora das telas.
Puts, infelizmente já vi umas cenas parecidas tipo essa da moça de bicicleta. Bizarro.
E legal você ter mencionado isso de fotografar – por gostar e/ou por causa de trabalho – e depois aproveitar. Esse é meu eterno dilema quando produzo conteúdo de viagem. Na maioria das vezes, consigo equilibrar, mas eventualmente acabo perdendo algum momento; tipo o filhote de tubarão na Tailândia.
Observo essa obsessão por selfies na academia. As pessoas majoritariamente estão mais preocupadas em registrar sua ida do que, de fato, suar e malhar. É bizarro. Por onde vc vira a cabeça tem alguém fazendo uma foto. Isso virou uma doença, sinceramente.
"Se não postar não vale". Também acho isso bizarro. Curioso com os estudos que aparecerão no futuro sobre os impactos desse rolê todo. Obrigado pelo comentário, Raisa!
Concordo, MAS existe o contraponto. Psicologicamente existe também, motivos positivos de "postar a foto da academia". Algo como, ao tornar o treino um compromisso publico, isso funciona como um motivador pra te manter treinando. Existem outros exemplo que funcionam para aumentar a sua disciplina/frequência no ato de se exercitar. Com criar comunidade, uso de app, aulas marcadas, compromisso financeiro, etc (parte do sucesso do Crossfit é por isso). MASSSS a linha entre o postar por esse motivo e o lado egoico (e maléfico) da parada é bem tênue. Mas acho bacana compartilhar isso, que existem uma série de mecanismos pra "enganar" nosso cérebro positivamente e nos ajudar a treinar mais (ou sermos o que queremos ser). E uma delas pode ser a foto pra tornar o seu compromisso público (além de reafirmar sua identidade de "atleta"). Ex: Nos desistimos muito mais facilmente de uma promessa que fizemos somente pra nos, do que promessas publicas.
Sim, com certeza pode servir de motivação. Mas há de se investigar pq essa motivação precisa vir sob a validação do olhar do outro, e não através dos resultados do seu treino, do seu esforço e da sua constância. No fundo, tá todo mundo obcecado por performar.
Cara, o pior é que quem precisa ler seu texto, provavelmente, não vai ler.
É triste saber que tem tanta gente trocando o tempo de vida por fotos e vídeos. Há décadas atrás, as pessoas morriam por ouro e diamantes, hoje morrem e brigam por likes.
P.S.: Meu pai é caminhoneiro há 32 anos. Vou procurar o livro que indicou.
morando no rj descobri o sufoco que é estar numa cidade MUITO turistica em tempos de instagram; por exemplo: as trilhas estão com filas absurdas porque as pessoas querem fazer 50 fotos nos picos e aí quem só quer ver a vista que lute. Deixamos para retomar as idas depois do carnaval haha ainda haverá filas, mas menores. E em meio a tudo isso, uma população cada vez mais ansiosa. Preocupante.
Vim pelo Allen Ginsberg e fiquei, principalmente, por pensar nos incontáveis registros que as pessoas fazem para mostrar estar em um lugar que, na verdade, não estão (mental e espiritualmente, se é que a gente pode falar isso).
E sobre o seu comentário, uma coisa que me peguei pensando após escrever a newsletter é que, principalmente quando falamos de viagens internacionais, uma galera gasta uma nota preta pra ficar no celular 🤡
"os lábios que parecem ter sido picados por um enxame de abelhas;". Adorei as descrições, aqui nas praias da Florida é o que mais tem, principalmente agora com os "snow birds" lotando a cidade...será que essas pessoas visualizam as próprias selfies ou só controlam os likes? Maratonei os vídeos do clube Matheus, muito obrigada!
Adorei o tema da news de hoje. Desnecesselfies. Inclusive olhei um, dois ou três dos seus stories curtindo as férias e larguei o meu para curtir as minhas também. Eu também perdi um tubarão na direção de uma foca na África do Sul porque estava fazendo uma selfie, sabe? Tenho dois textos que falam disso. Um fala sobre a loucuras da fotos em viagens, outro fala de um tempo em que vivi nos alpes suíços num chalé-albergue com uma galera que não gastava tempo com foto porque estávamos no tempo do analógico - logo, não dava para desperdiçar o tempo de vida com fotos porque elas custavam $$$. Enfim, tantas coisas a falar sobre isso. Vou encontrar esses textos e talvez reescrevê-los — estão originalmente na edição impressa da VS. Até dia 25, caro amigo escritor-viajante!
Gostei do compilado de lugares afetados pelo excesso de fotos de celulares (fico feliz pela recuperação de Maya Bay). Eu sou um turista meio básico quando viajo, e acabo indo nos locais "obrigatórios", como a Sagrada Família em Barcelona, lotadíssima porém estonteante. Mas o seu texto me trouxe à memória a minha visita à Capela Sistina, onde era proibido tirar fotos, e mesmo assim as pessoas insistiam em fazer fotos "escondidas" que não serviriam para nada. Lembro de ficar indignado, enquanto tentava admirar a obra de Michelangelo, e pensando que um clique no google me permitiria ver uma reprodução daquela obra muito melhor do que qualquer foto que eu tentasse tirar.
Seu relato sobre a Capela Sistina é justamente o que me incomoda – se você quer uma foto do lugar, por que não olha no Google as fotos profissionais já feitas?
demora pouco pra em qualquer conversa minha eu dizer que, se a gente tivesse algum juízo, assassinava o celular a marretadas e nunca mais voltava na internet. mas a gente não tem juízo e a dinâmica que essa tecnologia criou é feita pra amarrar a gente cada vez mais.
Ótimo texto Matheus, leu o livro do Orwell? Por coincidência li recentemente esse livro e curti bastante, Orwell descrevendo esse lado de Paris e Londres é muito bom, mas espero nunca conhecer de fato, somente pelo livro já está ótimo kkkk.
E Matheus o link do show do The Doors não está disponível para quem acessa do Brasil, nada que um vpn não resolva mas, só avisando.
As redes sociais podem literalmente fazer dos estabelecimentos um sucesso ou quebrá-los. Imagino que nem todo lugar tem estrutura para receber uma enxurrada de pessoas após algum influenciador passar por lá. Adorei esse ponto!
Oi Matheus, antes tarde do que nunca, coloquei meu Substack em dia rs sobre indicação de livro, não sei se já leu Pela Bandeira do Paraíso, do Jon krakauer, é bem interessante. Acho que vai gostar.
Sobre foto/celular/postar, há quase 2 anos tenho me reeducado à assistir a shows e viajar com o celular passando cada vez mais tempo no bolso, vivendo o momento e lembrando deles na memória cerebral e não na memória do celular rs tem sido maravilhoso mas tb tenho me irritado mais com as pessoas que ficam com celular pra cima fazendo mil vídeos q nunca mais vão assistir.
No ano novo viajei sozinha pra uma região de ilha de marajó q não tinha sinal de celular na maior parte das praias, foi ótimo, li 3 livros em 6 dias, mas foi preocupante perceber a necessidade de 4g/Wi-Fi das pessoas, principalmente das mais jovens. Uma menininha de uns 4 anos fazendo um escândalo pq não tinha YouTube funcionando, adolescentes bravos na pousada pq Wi-Fi não funcionava...
enfim, cuidemos dos adolescentes/crianças ao nosso redor, dando o exemplo que não é preciso ficar conectado o tempo todo, q a vida é fora das telas.
Quando você colocou esse texto no LinkedIn eu logo de cara já abri pra ler depois. O depois veio hoje, dois dias depois de ter retornado ao Instagram depois de 4 anos sem usar.
Caiu como uma luva; a necessidade que eu tinha de usar a rede antes se foi e a influência que era causada em mim desapareceu. Aprendi muito neste detox, e esse texto me deu mais força ainda para tentar conversar com outra pessoas a respeito.
Eu amo fotografar, de verdade. Mas até a mim tem incomodado que a fotografia seja o único propósito de algumas pessoas e suas visitas a lugares. Eu fotografo (o local, não a mim) e então o aproveito.
Há uns dias caminhei até um deque à beira mar que há aqui perto de casa. O dia estava incrível, o mar de um azul turquesa raro, o céu sem uma única nuvem. O tipo de vista que enche os olhos e traz uma calma surreal. Fiquei ali olhando aquilo tudo, só sentindo. Uma moça chegou de bicicleta, parou, tirou exatamente 8 selfies e saiu. Juro que ela nem olhou para o mar.
Meu esposo e eu, nestas férias, visitamos cerca de 18 cidades argentinas - fazendo uma pesquisa sobre alguns dos 30 povos missioneiros. Filmamos, fotografamos porque queremos produzir um material legal. Mas nosso foco estava tão em registrar, sentir e aprender mais sobre o tema com os locais que tiramos exatamente 3 fotos de nós nesse tempo todo.
Parece que as pessoas vivem cada vez menos fora das telas.
Texto excelente, como sempre.
Abraço!
Puts, infelizmente já vi umas cenas parecidas tipo essa da moça de bicicleta. Bizarro.
E legal você ter mencionado isso de fotografar – por gostar e/ou por causa de trabalho – e depois aproveitar. Esse é meu eterno dilema quando produzo conteúdo de viagem. Na maioria das vezes, consigo equilibrar, mas eventualmente acabo perdendo algum momento; tipo o filhote de tubarão na Tailândia.
Obrigado pelo comentário, Denise!
Observo essa obsessão por selfies na academia. As pessoas majoritariamente estão mais preocupadas em registrar sua ida do que, de fato, suar e malhar. É bizarro. Por onde vc vira a cabeça tem alguém fazendo uma foto. Isso virou uma doença, sinceramente.
"Se não postar não vale". Também acho isso bizarro. Curioso com os estudos que aparecerão no futuro sobre os impactos desse rolê todo. Obrigado pelo comentário, Raisa!
Concordo, MAS existe o contraponto. Psicologicamente existe também, motivos positivos de "postar a foto da academia". Algo como, ao tornar o treino um compromisso publico, isso funciona como um motivador pra te manter treinando. Existem outros exemplo que funcionam para aumentar a sua disciplina/frequência no ato de se exercitar. Com criar comunidade, uso de app, aulas marcadas, compromisso financeiro, etc (parte do sucesso do Crossfit é por isso). MASSSS a linha entre o postar por esse motivo e o lado egoico (e maléfico) da parada é bem tênue. Mas acho bacana compartilhar isso, que existem uma série de mecanismos pra "enganar" nosso cérebro positivamente e nos ajudar a treinar mais (ou sermos o que queremos ser). E uma delas pode ser a foto pra tornar o seu compromisso público (além de reafirmar sua identidade de "atleta"). Ex: Nos desistimos muito mais facilmente de uma promessa que fizemos somente pra nos, do que promessas publicas.
Uma reportagem que pode dar um ideia disso: https://theconversation.com/how-do-i-improve-my-motivation-to-exercise-when-i-really-hate-it-10-science-backed-tips-179761
Sim, com certeza pode servir de motivação. Mas há de se investigar pq essa motivação precisa vir sob a validação do olhar do outro, e não através dos resultados do seu treino, do seu esforço e da sua constância. No fundo, tá todo mundo obcecado por performar.
Cara, o pior é que quem precisa ler seu texto, provavelmente, não vai ler.
É triste saber que tem tanta gente trocando o tempo de vida por fotos e vídeos. Há décadas atrás, as pessoas morriam por ouro e diamantes, hoje morrem e brigam por likes.
P.S.: Meu pai é caminhoneiro há 32 anos. Vou procurar o livro que indicou.
Rapaz, juro que pensei nisso após escrever o primeiro parágrafo.
Obrigado pelo comentário! Imagino que você vá curtir o livro.
Sobre o livro, certeza. Obrigado.
morando no rj descobri o sufoco que é estar numa cidade MUITO turistica em tempos de instagram; por exemplo: as trilhas estão com filas absurdas porque as pessoas querem fazer 50 fotos nos picos e aí quem só quer ver a vista que lute. Deixamos para retomar as idas depois do carnaval haha ainda haverá filas, mas menores. E em meio a tudo isso, uma população cada vez mais ansiosa. Preocupante.
Caramba, que bizarro. Acabei esquecendo de inserir o link na newsletter, mas esses tempos rolou BRIGA em uma trilha no RJ justamente por causa da fila para bater foto: https://diariodorio.com/briga-por-foto-na-pedra-do-telegrafo-quase-acaba-em-tragedia/
Obrigado pelo comentário, Gabi!
Vim pelo Allen Ginsberg e fiquei, principalmente, por pensar nos incontáveis registros que as pessoas fazem para mostrar estar em um lugar que, na verdade, não estão (mental e espiritualmente, se é que a gente pode falar isso).
Allen Ginsberg 🖤
E sobre o seu comentário, uma coisa que me peguei pensando após escrever a newsletter é que, principalmente quando falamos de viagens internacionais, uma galera gasta uma nota preta pra ficar no celular 🤡
Obrigado pelo comentário, Lari!
"os lábios que parecem ter sido picados por um enxame de abelhas;". Adorei as descrições, aqui nas praias da Florida é o que mais tem, principalmente agora com os "snow birds" lotando a cidade...será que essas pessoas visualizam as próprias selfies ou só controlam os likes? Maratonei os vídeos do clube Matheus, muito obrigada!
Eu genuinamente gostaria de saber o destino dessa quantidade absurda de fotos que as pessoas costumam tirar em suas viagens.
E fico feliz que você tenha curtido os workshops do Clube Passageiro. Obrigado pelo comentário, Ana!
Adorei o tema da news de hoje. Desnecesselfies. Inclusive olhei um, dois ou três dos seus stories curtindo as férias e larguei o meu para curtir as minhas também. Eu também perdi um tubarão na direção de uma foca na África do Sul porque estava fazendo uma selfie, sabe? Tenho dois textos que falam disso. Um fala sobre a loucuras da fotos em viagens, outro fala de um tempo em que vivi nos alpes suíços num chalé-albergue com uma galera que não gastava tempo com foto porque estávamos no tempo do analógico - logo, não dava para desperdiçar o tempo de vida com fotos porque elas custavam $$$. Enfim, tantas coisas a falar sobre isso. Vou encontrar esses textos e talvez reescrevê-los — estão originalmente na edição impressa da VS. Até dia 25, caro amigo escritor-viajante!
"Desnecesselfies". Adorei o termo.
Gostaria muito de ler esses textos, Juliana.
Obrigado pelo comentário e até dia 25 no encontro do Clube Passageiro!
Gostei do compilado de lugares afetados pelo excesso de fotos de celulares (fico feliz pela recuperação de Maya Bay). Eu sou um turista meio básico quando viajo, e acabo indo nos locais "obrigatórios", como a Sagrada Família em Barcelona, lotadíssima porém estonteante. Mas o seu texto me trouxe à memória a minha visita à Capela Sistina, onde era proibido tirar fotos, e mesmo assim as pessoas insistiam em fazer fotos "escondidas" que não serviriam para nada. Lembro de ficar indignado, enquanto tentava admirar a obra de Michelangelo, e pensando que um clique no google me permitiria ver uma reprodução daquela obra muito melhor do que qualquer foto que eu tentasse tirar.
Seu relato sobre a Capela Sistina é justamente o que me incomoda – se você quer uma foto do lugar, por que não olha no Google as fotos profissionais já feitas?
Obrigado pelo comentário, Daniel!
demora pouco pra em qualquer conversa minha eu dizer que, se a gente tivesse algum juízo, assassinava o celular a marretadas e nunca mais voltava na internet. mas a gente não tem juízo e a dinâmica que essa tecnologia criou é feita pra amarrar a gente cada vez mais.
Hahaha sim! Somos reféns. Obrigado pelo comentário, meu caro!
Ótimo texto Matheus, leu o livro do Orwell? Por coincidência li recentemente esse livro e curti bastante, Orwell descrevendo esse lado de Paris e Londres é muito bom, mas espero nunca conhecer de fato, somente pelo livro já está ótimo kkkk.
E Matheus o link do show do The Doors não está disponível para quem acessa do Brasil, nada que um vpn não resolva mas, só avisando.
Estou lendo e gostando bastante, André – mas também espero não conhecer esse lado de Paris haha.
Opa! Obrigado por avisar. Não sabia disso. Grande abraço!
As redes sociais podem literalmente fazer dos estabelecimentos um sucesso ou quebrá-los. Imagino que nem todo lugar tem estrutura para receber uma enxurrada de pessoas após algum influenciador passar por lá. Adorei esse ponto!
Pois é! Chega a ser irônico. Obrigado pelo comentário, Emanuel!
Oi Matheus, antes tarde do que nunca, coloquei meu Substack em dia rs sobre indicação de livro, não sei se já leu Pela Bandeira do Paraíso, do Jon krakauer, é bem interessante. Acho que vai gostar.
Sobre foto/celular/postar, há quase 2 anos tenho me reeducado à assistir a shows e viajar com o celular passando cada vez mais tempo no bolso, vivendo o momento e lembrando deles na memória cerebral e não na memória do celular rs tem sido maravilhoso mas tb tenho me irritado mais com as pessoas que ficam com celular pra cima fazendo mil vídeos q nunca mais vão assistir.
No ano novo viajei sozinha pra uma região de ilha de marajó q não tinha sinal de celular na maior parte das praias, foi ótimo, li 3 livros em 6 dias, mas foi preocupante perceber a necessidade de 4g/Wi-Fi das pessoas, principalmente das mais jovens. Uma menininha de uns 4 anos fazendo um escândalo pq não tinha YouTube funcionando, adolescentes bravos na pousada pq Wi-Fi não funcionava...
enfim, cuidemos dos adolescentes/crianças ao nosso redor, dando o exemplo que não é preciso ficar conectado o tempo todo, q a vida é fora das telas.
bom 2024 <3
Quando você colocou esse texto no LinkedIn eu logo de cara já abri pra ler depois. O depois veio hoje, dois dias depois de ter retornado ao Instagram depois de 4 anos sem usar.
Caiu como uma luva; a necessidade que eu tinha de usar a rede antes se foi e a influência que era causada em mim desapareceu. Aprendi muito neste detox, e esse texto me deu mais força ainda para tentar conversar com outra pessoas a respeito.